ridículo

Pois estou eu trabalhando aqui em meu nicho, e, entre um laudo e outro, resolvo abrir o facebook no celular. Um amigo havia comentado uma postagem nossa, de forma inteligente diga-se de passagem (gracias, Alexandre, o contraditório bem feito enriquece o diálogo!), mas, quando me deparo, um troglodita começa a me ofender, começa a me chamar de burro e de fanático. Bem, vejamos:

  1. O burro aqui tem graduação numa universidade federal, sendo oriundo de escola pública do Estado, com limitações e tudo o que se tem direito. Filho de professora, aproveitei bem as chances de estudo que tive, fui monitor, participei de projeto de pesquisa, me graduei e me tornei um profissional respeitado em minha área.
  2. O fanático aqui fez mestrado numa das melhores instituições de ensino superior do Brasil, da América Latina, do mundo. Dois anos tive bolsa de estudo da CAPES, com muita honra e orgulho. Participei de congressos com trabalhos, tive uma orientadora fantástica, tive grandes mestres me tornando o profissional que sou. Graças a tais professores e professoras, pude erguer um patrimônio intelectual que hoje soma um livro autoral, no qual organizo e escrevo em parceria todos os capítulos, e ainda fui o responsável por mais outra obra, um consagrado atlas histológico, cuja versão brasileira tem meus dedos em cima. Nada mal, né?
  3. Ah, ainda tenho as orientações e co-orientações, trabalhos de conclusão de cursos de Biologia, Biomedicina, Pedagogia, as bancas da Enfermagem, Biomedicina, Farmácia, Nutrição, Fisioterapia, além das bancas de eventos e uma honrada banca de uma Especialização Latu-sensu, que tive a alegria de colaborar.
  4. Sou servidor público há quase vinte anos, com alegria. Posso dar minha parcela de colaboração à sociedade que pagou meus estudos, através de nosso serviço público. Posso colaborar com os colegas, para criar uma sociedade melhor, uma vida mais decente para todo mundo, com um meio ambiente saudável e seu uso sustentável.
  5. Sou cristão, mas nunca serei um inconsequente, um xiita, um sectário. Minha fé não é uma droga de abuso, a qual recorro como um curativo. Ela me impulsiona a fazer mais pelas pessoas, pelos meus e minhas. E creio nas palavras do Carpinteiro de Nazaré, que dizia "deixai vir a mim as crianças e não as embaraceis", ou "pois quem não é contra nós é por nós", ou 'mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus".
  6. E, graças a Deus, vivo no Brasil! Amo este país, diverso, em clima, natureza, gentes e origens. Sei que muito falta, sei que muito se fez e se faz, até por ser testemunha viva do que está a se fazer por aqui.
  7. Se alguém quer discordar da gente, o faça com educação, respeito e dignidade. Se não os tem, morda a língua.

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