Sant'Anna não me representa!

Olhei. Juro que tentei entender. As palavras voavam pra minha retina. Devem ter dado algum nó na altura do quiasma óptico, e atingido em cheio o centro do vômito, fazendo nosso amigo nervo glossofaríngeo mandar seus eméticos recados. E olha que eu sou gremista!

Juro que li e tentei entender o que leva um certo ex-delegado de polícia a escrever tanta idiotice, a ser racista a esse ponto. Aí eu me lembro, ninguém vira vereador pela ARENA impunemente... algum grau de imbecilidade deve rolar pela pessoa. O mesmo que o leva a "decretar" a demissão de seu parceiro de bancada no icônico programa Sala de Redação, quando ambas as mães foram agraciadas com ofensas mutua e fartamente distribuídas pelos dois. Citando Juremir Machado (fonte: http://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/?p=6654), "a história do Sala de Redação é a história do Paulo Sant'Anna humilhando seus colegas baseado na sua amizade com os donos da casa e na sua suposta relevância jornalística autoproclamada." Disse tudo, mestre!

Nossa estagiária, aqui na SEMAM, comentou do alto de sua sabedoria de 18 anos que ele "perdeu a chance de ficar quieto". Gosto de ver gente jovem de inteligência aguda! Me dá esperança!

Eu demorei a acreditar no que eu li. Poxa, até onde eu sei, o Paulo Sant'Anna não é nenhuma Branca de Neve ariana. Agora, essa de achar maravilhoso um lugar sem negros e negras...O pior é o sr. David Coimbra defender o Sant'Anna, dizendo que ele não foi racista, que veja bem, mimimi e tal. Novamente, Coimbra defende o indefensável, arrogante e machista.

Na Wikipedia, a que tudo aceita, Sant'Anna é citado como "torcedor-símbolo" do Grêmio. Foi o que a ERREBESSE sempre propagou. Esse símbolo de arrogância, subserviência aos regimes totalitários, à imprensa a serviço dos podres poderes da sociedade, elitista, vazio de discurso mas prenhe de ódio, passa largo por aqui.

O comentário eugênico de Sant'Anna é rico em idiotices. Dizer que em Punta del Este houve uma "segregação pacífica" de negros e brancos é um contraditório. Não existe segregação racial pacífica. Se há segregação racial, há dor, há empobrecimento, há exploração. Outra coisa: a presença do negro, do afrodescendente, na cultura uruguaia, é fortíssima. O candombe, em especial, e a cumbia, a murga, apresentam cores africanas, marcadas nas terras orientais do Uruguai. O Uruguai de Mujica é uma nação plural, com marcas européias, guaraníticas e africanas.

Aí vem a claque defender o idoso esse. Dizer que não houve intencionalidade de ofender, que ele não foi racista, que "até" é casado com uma mulher negra. Isso tudo não faz ser menos agressivo e imbecil o texto de Sant'Anna ou a defesa de Coimbra, machista nato. Um texto que inicia ofendendo os próprios uruguaios finaliza elogiando o embranquecimento da burguesa Punta. Isso mais uma vez mostra o modus operandi da RBS e suas associadas, divulgando boçalidades com o verniz de coisa cult. Seu Sant'Anna, uma aposentadoria cairia muito bem, a essa altura.

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