uma parte de mim na CTI (calma, passa bem!)

O som não era o mesmo há alguns dias. Dó e ré graves irregulares, as sapatilhas sem ocluir corretamente os furos, o som não era mais o mesmo. Paro e coloco-a sob luz forte da luminária do cactário. Logo, os meus olhos, treinados para a microscopia e anatomia, identificam o pedacinho da peça que prendia a mola solta, na chave do Ré#. A chave solta, como se os tendões de um membro cortados deixassem em falso, quase bobo.

O veredicto: uma solda em prata e um realinhamento do corpo metálico de minha amiga.

Não nos conhecemos há muito tempo. Desde setembro, convivemos um com o outro. Tenho tentado aprender seus mistérios e sonoridades, entre notas longas e articuladas, soprando-a continuamente ou como uma zampoña andina. Escalas, exercícios, todos interrompidos por duas a três semanas.

Longa, longa espera...paciência é o nome, saudade de dedos e embocaduras....

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