não me perguntes onde fica o Alegrete....

Antonio Augusto Fagundes. Foi professor de minha mãe na especialização em Folclore que era ministrada na antiga Faculdade de Música Palestrina, a FAMUPA. Como ele, somos de origem metodista. Um tio dele, o reverendo e bispo Sady Machado da Silva, foi quem me batizou, na hoje Catedral Metodista de Porto Alegre. Através de sua irmã mais velha, dona Zilah (que, por sinal, era uma figura maravilhosa), conheci o vinil da Segunda Tertúlia Musical Nativista, de Santa Maria. Ali estava gravada uma certa composição orgulhosamente apresentada a mim pela pequenina dona Zilah, de autoria do Nico e do Bagre: era um tal de "Canto Alegretense", hoje um dos hinos oficiosos do estado (o outro é Céu, Sol, Sul, Terra e Cor, do grande Leonardo).

A cultura gaúcha, e aí amplio o conceito para os demais países pampeanos, perde um pesquisador do mais alto quilate. Muito além de apresentar o conhecido programa de televisão, fica uma obra de cunho antropológico importantíssima. Conhecia da história, da indumentária, danças, hábitos, cozinha, galpão, todo o universo pampeano, em suas diferentes matizes e identificando as influências e origens de cada hábito, cada traço do gauchismo. Ao lado de Barbosa Lessa, Paixão Cortes, Glaucus Saraiva e outros, Nico representa o que havia e há de melhor em termos de conhecimento, pesquisa e divulgação de nossa cultura, hábitos e do jeito gaucho (sem acento mesmo) de ser. "Como os potros, vou virar minha cabeça"... descansa, mestre!

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