Cecília

22 de novembro....dia de Santa Cecília. A moça de família nobre romana, filha de senador romano e cristã desde a infância, é tema de nossa blogada de hoje. Martirizada pelos romanos por ser cristã, foi condenada à morte por Turcius Almachius, prefeito de Roma. Três golpes vibrou o algoz sem conseguir separar a cabeça do tronco. Cecília, mortalmente ferida, caiu por terra e ficou três dias deitada na mesma posição. Aos cristãos que a vinham visitar dava bons e caridosos conselhos. Transformou a sua casa em igreja, o que foi feito logo depois de sua morte. Quando morreu, ela cantava a Deus, desafiando o poder romano. Foi enterrada na Catacumba de São Calisto, entre 176 e 180 DC. Desde o século XV, Santa Cecília é considerada padroeira da música, e seu dia é também dia da Música e dos Músicos.

Os cocorocas de plantão vibram com a ideia de que Cecília morreu invicta, convicta e tudo o mais, se é que me fiz claro... Bom, não é isso que faz dela mais ou menos santa. O que importa é que ela resistiu ao poder romano, à opressão do Império Romano, e auxiliou com seus bens à comunidade cristã primitiva, via de regra muito empobrecida.

Dizem que ela protege aos que da música vivem ou da música fazem devoção de vida. Ela deve rolar na tumba quando a sua arte é vilipendiada. Quando músico é tratado feito marginal, vagabundo, ou sua profissão é tratada como ofício desqualificado. Ou quando acham que músico pode tocar "aquela musiquinha" como se fosse algo menor. Ou quando os cursos superiores de música não são tratados como merecem, seja seus alunos ou docentes. Quando Elis Regina foi viver da sua (maravilhosa) voz no Rio de Janeiro, os comentários sobre mulheres que viviam da sua voz era de que viviam de outras partes do corpo, um pouco mais abaixo das pregas vocais, se me fiz entender de novo... Parece que não mudou tanto assim.

A Música é uma profissão como qualquer outra, como a Biologia, as Engenharias, as Ciências da Saúde,  as Ciências Sociais Aplicadas, etc. Aliás, músico/a pode ser o/a regente, arranjadores/as, cantores/as, compositores/as, instrumentistas, educadores/as musicais, enfim, trocentas possibilidades inimagináveis para quem mantém a mente estreita. Profissões com técnicas, com recursos, que utilizam de tecnologias ditas "novas" faz tempo, e que ainda sim, são vistas com olhos de desdém pela sociedade burrinha...

Salve Santa Cecília e todos os filhos e filhas de arte!!!!

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